"UM VERÃO DE AMOR"
Inventemos um período na filmografia de Ingmar Bergman e batizemo-lo como pragmática do amor . Suponhamos que tal período começa com “Prisão”, título estreado em 1949 e que se baseou no primeiro argumento original escrito pelo próprio cineasta (anteriormente, Bergman havia sempre partido de material literário prévio). Narra-se aí a possibilidade de se realizar um filme que discuta se o mundo não terá o Diabo como autor, ou seja, estabelece-se uma discreta associação entre a posição criativa de realizador e o problema metafísico por excelência. Muito pelo contrário, em “Sorrisos de uma noite de verão” (estreia em 1955), obra que conclui este nosso período contrafeito, estamos em pleno reino do teatro, onde os efeitos não enganam ninguém quanto ao seu artifício e se suspira por uma encenadora mulher, que não invente o que não precisa de ser inventado, e se limite a tornar manifestos os pares amorosos que estão em ignorância latente. Talvez “Monika e o desejo” seja o filme mais important...
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